quarta-feira, maio 31, 2006

Um abraço de Mirandela

Sábado passado , dia 27 , o destino foi MIRANDELA – terra famosa pelas suas alheiras , mas também pelo seu azeite , vinho , hospitalidade...
Uma longa viagem que agora se pode fazer sem passar pelo Porto e pela IP4 até Vila Real. Aliás uma viagem que se pode fazer por muitos e longos caminhos , como por exemplo o que o Marchã indicou ao Bruno , motorista dos músicos de Lisboa que integram os Bandemónio : Lisboa – Torres Novas – Castelo Branco – Guarda – Trancoso –Macedo de Cavaleiros e depois de tanta curva contra curva: Mirandela.
Desta vez experimentei de novo a A24 ( que sai em Vila Real e daí entra-se no IP4 até Mirandela , que ainda são cerca de 50km ) , mas sem fazer a IP3 de Coimbra a Viseu , pois está cada vez mais perigosa. Fui sempre pela A1 até à saída de Aveiro onde agora há a nova A25 que chega quase a Viseu. Até se podem fazer mais alguns kilómetros , mas as estradas compensam e muito ( para além disso sabe bem passar pelas vinhas do Douro ).
Mesmo assim , são 4 horas e meia de viagem , não passando os 140km/hora por causa das multas e , o ar condicionado sempre no prego.
A equipa técnica chegou pela hora de almoço , mas antes do repasto há sempre um primeiro encontro com o palco para deixar tudo preparado para a montagem de backline e verificar as condições do espaço.
O recinto era um espaço ao ar livre integrado na feira denominada de Reginorde , com zona de exposições , espaço ao ar livre para os espectáculos , carrinhos de choque e , como não podia deixar de ser , para a “roullote” da familia Pinto e as suas farturas ( desta vez comi a primeira fartura do dia com direito a entrega personalizada no palco e tudo ).
O calor era insuportável , a rondar os 40º , o que tornou a jornada bem mais dificil... sobretudo depois do almoço no restaurante Loureiro onde comi umas belas alheiras e fui presenteada com meia dúzia delas ( caseiras , é claro ).
Tudo decorreu na normalidade , com a equipa do Henrique Pinheiro a fazer com que tudo funcionasse , não fosse o raio do pedal do piano digital ter-se avariado e não termos conseguido arranjar nenhum em toda a região ( todos os grupos locais estavam a actuar aqui ou acoli ). O público aderiu bem ao concerto ( o que para esta zona do país é muito bom , pois o género musical é habitualmente outro ) e a organização ficou muito satisfeita, tendo-nos presenteado com alheiras “Terras do Vento Leste”
( que ainda não tive oportunidade de provar ).
O Jorge Morais , salvo erro presidente da Reginorde , é uma pessoa excepcional e está envolvido numa série de projectos de dinamização da região , nomeadamente "A Rota do Azeite" , sobre a qual aguardo mais informações , pois é algo que envolve restaurantes de qualidade ( tal como o Flor de Sal onde jantámos – um espaço moderno e requintado junto ao rio e com uma comida fabulosa – menu de desgutação – a qual denominaria de “nouvelle cuisine” da região , com doses individualizadas , ao contrário daquelas doses que dão para umas 2 ou 3 pessoas . Não é nada barato , mas vale mesmo a pena ) e turismo rural e de habitação ( estou curiosa... ).
Á noite ainda foi nosso anfitrião , já na discoteca , para onde me arrastaram, literalmente.
O caminho de ida e volta foi longo e por isso é sempre tão bom sermos tão bem recebidos por estas terras tão especiais do nosso Portugal .








1 comentário:

ruxa disse...

estes teus posts aumentam-me ainda mais as saudades da estrada...

mandei-te já 2 sms que voltam para trás :(
quando tiveres um tempinho liga. sei que estes dias vão ser complicados para ti.

beijinho