segunda-feira, dezembro 01, 2008

Parabéns

Ao meu amigo Xico que me proporcionou uma noite longa , como nos velhos tempos, junto dos meus amigos dos Olivais , com quem é tão bom voltar a estar e receber de peito aberto a sua amizade que , afinal , tanta falta me fazia. Caramba , como é importante voltarmos a estar com quem partilhámos tanto uma parte da nossa vida , numa altura em que éramos os reis do mundo e vivíamos em pleno, de forma louca e ao mesmo tempo tão saudável :) Dessa altura para cá , cada um seguiu as suas vidas ( assumindo todas as responsabilidades inerentes , que nos fazem tantas vezes esquecermo-nos de quem realmente somos ou podemos ser ) e alguns continuaram a encontrar-se e a fazer parte da vida uns dos outros. Eu estive ausente , não estando , porque no coração e na memória ( sim , porque naquela altura ninguém ligava a fotografias apesar do slogan da Kodak “ para mais tarde recordar “ ) estiveram sempre todos comigo e agora sabe mesmo bem voltar a contar com eles e com as suas famílias que entretanto tenho vindo a conhecer . Estes amigos fazem parte do meu percurso ,da minha história e tê-los de novo comigo faz todo o sentido e conforta-me. Para eles eu sou a Cristina , aliás são das poucas pessoas que me podem chamar assim e às quais consigo reagir. É como que uma identificação com uma vida passada , uma referência de parte da minha vida em que fui muito feliz e a qual remeto para o presente , deixando de ser parte do passado para passar a ser a minha vida mais completa. É que à medida que vamos perdendo aqueles que nos são próximos e que nos conhecem desde sempre, mais importante se torna ter connosco aqueles para quem somos muito mais do que aquilo que somos hoje , ou seja aquilo que fomos sendo , aquilo que realmente somos , ponto.
Não me sinto de novo uma jovem , não é nada disso. Sinto-me mais eu.
Tinha mesmo muitas saudades nossas e cada abraço , cada sorriso , cada história , é um conforto inexplicável :)

Ao Mário Pereira , esse homem giraço do Norte :/

Ao Jorge Pardo , esse músico excepcional que tive o prazer de conhecer bem jovem e que de certa forma acaba por ser também um amigo , daqueles que guardamos naquele imenso lado esquerdo do peito , com carinho e admiração e que vamos reencontrando quando a vida o permite, mas que ouvimos sempre que quisermos.

Á minha avó Adelaide , que me deixou tão nova ( faz em Abril 30 anos ) , mas cuja figura charmosa e forte prevalece em mim , quase como se de um conto de fadas se tratasse. É que hoje , já é dificil encontrar senhoras com a minha querida avó e madrinha , cuja cor lilás era a sua preferida.

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