Texto do site www.solaresdeportugal.pt
Fotos ( tiradas da net ) de Dias dos Reis.




Agora mais próxima de Lisboa , pela ponte Vasco da Gama , esta antiga vila de campinos e salinas , situada na reserva natural do estuário do Tejo , tem vindo a crescer a olhos vistos . No entanto , é bom chegar a Alcochete e observar que tem havido algum cuidado na preservação da vila antiga e das praias fluviais ( embora considere que toda esta zona junto ao rio merece uma restruturação a fundo para aproveitamento de espaços pedonais e de lazer em áreas que estão ao abandono e que espero que não corram o risco de ser ocupadas com a construção de vivendas ou apartamentos ).
Muito de vez em quando , passo a ponte e vou com o Mário até ao lado de lá aproveitar uma tarde de sol , numa das esplanadas junto ao rio , com uma vista invejável sobre Lisboa. Curiosamente , nunca esperei pelo fim do dia , pelo pôr do sol , mas esse será o próximo passo , a par de outros , como o de fazer um passeio no barco Alcatejo e ficar a conhecer melhor algumas preciosidades da zona que ainda não explorei , apesar de estar aqui tão perto.
E sábado fui até Alcochete para , finalmente , apresentar o concerto acústico da Mafalda no Forum Cultural ( um espaço construído de raíz , mesmo ao lado de um barracão abandonado, onde noutros tempos se fazia a seca do peixe e onde teria sido certamente construído um Centro Cultural , se estivéssemos a falar de qualquer outro país da Europa ) , inaugurado há apenas dois anos , com lotação para cerca de 400 pessoas.

O espectáculo foi a primeira iniciativa de cariz público do movimento Pur(o) Alcochete , que pretende criar programas de acção social no concelho , tendo o concerto tido um cariz de beneficência.
Pude acompanhar de perto a “luta” deste movimento para que o concerto se tornasse uma realidade e fiquei muito feliz pelo facto do auditório estar cheio , mesmo em noite de futebol, com a selecção nacional a vencer a Bélgica por 4-0.
Foi um dia sem pressas ( com um belo almoço de peixe no Arrastão ) , com os trabalhos a decorrer na normalidade e sempre com a Tânia e a Teresa preocupadas para que nada falhasse . Foi tudo garantido ao pormenor e com um enorme empenho , até mesmo o catering fabuloso e o restaurante escolhido para o jantar – Alcaxete – um antigo lagar de azeite ( desculpem lá o mau feitio com as enguias , mas eu só gosto delas mesmo fininhas e estaladiças).
E todos nós esperávamos muito por este concerto , pois tem sido uma opção a não realização de espectáculos por motivos que se prendem com outros projectos que têm vindo a ser trabalhados , mas que a certa altura precisamos destes momentos com o público , não haja dúvidas que precisamos. E no meu caso em particular , não posso esconder que adoro estes espectáculos da Mafalda , de formato mais acústico , pensados para salas , pois é aqui que as músicas respiram e as palavras ganham ainda mais força. É aqui que temos tempo para parar , deixarmo-nos ir e sentirmo-nos ( a nós próprios e uns aos outros ).
E este foi um desses concertos ( que por muito que não queira repetir este termo , tenho que o fazer ) de partilha , em que a emoção sai do palco para a plateia e da plateia para o palco.
E são noites assim que nos fazem voltar a casa com o coração cheio e um sorriso de orelha a orelha.
E não faltaram as flores , que são lindas e que encheram a minha sala de cor , junto com a prenda da Páscoa do Mário :)
2 comentários:
foi bom mesmo, foi assim quentinho, não foi? :) ainda bem que foi aqui tão perto e obrigada por te teres lembrado disso e de mim ;) Não queria ter perdido aquilo por nada deste mundo! Foi um regresso a casa...
OBRIGADA!!! Adorei a viagem que fiz nesse dia. As pessoas, as letras a atmosfera e o nervosismo de quem se vê pela primeira vez nestas "andanças". Mais uma vez Ana, obrigada!
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