segunda-feira, janeiro 19, 2009

Sábado de manhã acordei com um aperto imenso no peito, uma saudade arrasadora do meu pai. É que apesar de todos os dias o ter comigo , esta vida louca exige que o caminho seja para a frente e impede-me de ter aqueles momentos tão meus e por vezes tão necessários.
Já passaram quatro anos e estar ali no palco do Coliseu com as mesmas pessoas que comigo partilharam tamanha dor , fez-me reviver aquele dia , em que supostamente me deveria ter despedido dele , mas estava longe , no palco do Teatro Micaelense em S.Miguel.
Explodia a saudade que enchia o meu coração e precisei de um momento para estarmos só os dois. E como precisava desse momento ! Caramba , como é importante deixarmos sair o que vamos acumulando no lado esquerdo do peito, para que tudo isso possa voltar a entrar de forma mais purificada.
Eu não estava triste , estava até muito feliz porque sabia que ia ser uma noite mágica , mas precisava da sua companhia , de o chamar para mais perto de mim, de o ter ali comigo para com ele partilhar aquele momento importante da minha vida.
Reencontrei-me.
Há pessoas que partem porque assim tem de ser , mas que nunca nos deixam , que ficam sempre em nós , porque sem elas não seríamos quem somos.
O que somos não é mesmo o nosso corpo , mas a nossa alma e a alma do meu pai é linda e sorri para mim.

1 comentário:

pipoca disse...

Apesar da noite especial, apesar da Mafalda nos ter presenteado mais uma vez com momentos lindos, senti que estava triste e apeteceu-me tanto ter-lhe dado um abraço apertado!
Também perdi o meu pai recentemente e a dor custa a passar, mas acredito que onde quer que o seu pai esteja ele estará a olhar para si com grande ORGULHO, pq a Ana é uma mulher mto especial.
Beijinho amigo*
Gosto tanto de si!
Cláudia