segunda-feira, julho 14, 2008

O dia de regresso

Viveu-se com alguma ansiedade.

Primeiro , porque o voo era pelas 22h , mas o check-in só podia ser feito entre as 18h e as 20h , pelo que convinha estar no aeroporto mesmo à hora de abertura do mesmo , pois apesar dos voos terem sido reconfirmados , nunca nada é certo. Garantido , garantido , só mesmo depois do avião descolar e ter fé de que tudo vai correr bem ( não viajámos TAP , mas TAAG , apesar dos voos serem agora operados pela South African Lines e o avião se tratar de um jumbo ).

Segundo ,porque havia que deixar o hotel pelas 13h ( negociámos 1h mais tarde que o habiual) e até ir para o aeroporto não dava para grandes aventuras , pois nunca se sabe como anda ( ou não anda ) o trânsito na cidade.
O Carlos Garcia que havia encontrado uns amigos portugueses , convidou-nos para almoçar com eles no refeitório ( familiar ) da empresa onde trabalham e este foi um momento agradável de convívio e que , pela primeira vez , me fez sentir acolhida na cidade onde acabei por passar apenas 3 dias. Comemos uma bela feijoada à portuguesa que ficou ainda mais gostosa com o jindungo preparado pela D. Emília ( da Figueira da Foz ) , a quem não resisti pedir um frasquinho do mesmo ( onde ele já vai... ainda sobra mesmo um restinho que está prometido ao Parreira :/ ).




Cerca das 15h voltámos a encontrar-nos com o “nosso” Cândido , o motorista destacado pela empresa de serviços automóveis que foi contratada pela organização do concerto e que foi o verdadeiro e único anfitrião desta estada.

De caminho para o aeroporto e apesar de eu já ter passado parte da manhã nas ruas perto do hotel à procura de jindungo fresco para levar para casa ( sem grande êxito , mas mesmo assim arranjei um saco pequeno ) , a última missão do Cândido foi levar-nos a comprar jindungo lá para os lados da Vila Alice. Viemos carregados , com aquelas malaguetas que parecem um tomate pequeno e que são muito gostosas e com as outras pequenas e fininhas que são pólvora , mas que o preparado com óleo e whisky de ambas dão um belo de um jindungo ( diga- o Sr. Freitas que é quem acaba por usufruir sempre das minhas compras, não é verdade ? ) .

E assim chegámos ao aeroporto todos felizes com o nosso jindungo e porque a hora de nos vermos na nossa cama se aproximava ( apesar da espera a que ainda estaríamos sujeitos e das 6 horas voo que tínhamos pela frente ) . Foi altura de nos despedirmos do Cândido , a quem deixámos todos os nossos Kwanzas , o que não agradou nada aos guardas do aeroporto...



A sala de check in estava infestada de melgas enormes e horríveis , mas sobrevivemos a estas e às demais “melgas”.

Ao nosso grupo juntou-se a Sofia , uma portuguesa que trabalha nas nações unidas em Luanda ( mulher de coragem , já com alma angolana ) e com quem foi um prazer privar até à chegada a Lisboa.

De regresso a casa , de táxi , estranhei ver as ruas tão arranjadinhas e limpas . Como tudo é relativo, hein ?

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