sexta-feira, abril 18, 2008

Real barrete

Alguém comentara comigo há uns tempos que o novo restaurante indiano da Expo era muito bom.

Eu já tinha passado por diversas vezes à porta do restaurante e sempre achei que tinha bom ar e que até seria acolhedor, mas nunca dei nada pela comida. Cheirava-me que seria do género de um outro restaurante indiano que experimentei no Centro Comercial Vasco da Gama ( cujo nome não me recordo ), num daqueles dias em que saí muito tarde do escritório, mas que ainda fui jantar,pois tinha por companhia o meu amigo Tiago.

E nunca me convenceram a comer ali ... é que prefiro privar-me daqueles gostinhos exóticos por uns tempos e depois vingar-me no meu “boteco” da baixa ( de que tanto já aqui falei noutras alturas) e ter a certeza de um repasto a contento.

Mas ontem eu estava mesmo doentinha, cheia de medicação e precisava de comer. A Maria esperou por mim para ir almoçar e, de repente, fomos ali parar, ao restaurante da Expo que eu pressentia ser um barrete, mas já que tinha saído para almoçar, ia finalmente esclarecer as minhas dúvidas.

Meus amigos, infelizmente, não me enganei. Pode tudo ser muito bom e até termos como fundo o Tejo, mas a comida, por favor... tirando o nan, tudo o mais estava uma verdadeira bosta e, acreditem, que não exagero. Já alguém comeu byriani empapado ? Como é possível cozinhar arroz basmati empapado ? Esta realidade foi, para mim, muito difícil de encarar, mas fi-lo, pagando ainda uma conta absurda (tendo em conta que éramos duas pessoas ), daquelas que pago no "meu" Caxemira para quatro fabulosos jantares e ainda levo uma caixa de 15 magníficas chamuças para casa.

Bem sei que um restaurante é de comida indiana e outro de comida goesa, mas eu conheço razoávelmente as duas cozinhas ( obrigada pai pelos almoços de família no Monte Carlo que me introduziram nestas comidas bem condimentadas e , mais tarde, ao Basílio pelos deliciosos manjares que preparava com tanta arte e saber ) e a deste restaurante tem tudo menos de Real.

Tenho dito e a teima tirada. Não me voltam a enganar. Ai não, não.

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