terça-feira, outubro 03, 2006

Movimento “Slow”

O fim de semana passado estive a ler na Visão um artigo sobre o movimento “Slow” e cheguei à conclusão que as férias de retiro que faço com o meu filho nos Açores integram-se perfeitamente no dito movimento. Cheguei à conclusão que esse é o meu lema de férias de verdade , o que não tive este ano :( , mas que para o ano , der por onde der , vou ter que as ter , pois são a única forma de eu não flipar , tal como já está a acontecer.

As minhas férias “slow “ têm que ser obrigatóriamente passadas numa casa alugada e nunca num hotel. Passam por cozinhar o mais possível em casa , em vez de ir a restaurantes cheios de gente e a ter que esperar tempo demais pelo comer , o que acabo por fazer durante todo o ano. A ideia é estar em harmonia com a natureza , sendo o dia organizado em função do sol ou da lua ou da nossa vontade de ficar a dormir mais uma horas ou de ir tomar umas banhocas no mar ou de fazer uns passeios aventura por caminhos desconhecidos e dificeis. É deixarmo-nos ir ... é deixarmos que não haja tempo ou que haja tempo para tudo.

A bem da verdade , não teria muita dificuldade em que a minha vida no dia a dia fosse “slow” , mas para isso teria de viver fora de Lisboa e mudar de vida radicalmente , o que de momento não se avista muito possível. Aquela minha ideia de um dia ir viver para o Pico ( e porque não outra das ilhas ) , para uma casinha que terá de ter pelo menos uma vaca , é a vida “slow” que eu desejo. Ninguém acredita que eu seja capaz de ter uma vida assim , mas tivesse eu uma oportunidade e acreditem que não pensaria duas vezes. E os Açores seriam o meu paraíso . Bem sei que o inverno é muito rigoroso por aquelas bandas e que o isolamento se torna uma realidade , mas se virmos que na minha vida actual , apesar de a viver rodeada de gente , estou quase sempre só , a diferença não seria muita e a solidão não será uma novidade. Para além disso , há sempre a possibilidade de estar com o mundo através de um computador e da internet , como no anúncio do pastor .
Ainda sonho com este futuro ...

Até lá , ficam aqui algumas recordações dos meus dias “slow “, passados na Graciosa em Setembro de 2005.

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A nossa casa no Carapacho ( e o farol ).





De casa podíamos ver a Terceira , o Faial , São Jorge e por detrás desta ilha o pico do Pico ( que me deixa sempre encantada ).





Um dos locais mais incríveis da ilha é a caldeira e a descida à furna do enxofre . Tentámos por diversas vezes visitá-la , mas umas obras da EDA ( Electricidade dos Açores ) , só permitiram que a visita fosse possível à terceira tentativa ( foi de vez ). Mas três dias seguidos a caminhar para a caldeira , permitiu que o Mário se tornasse grande compadre do guarda da furna.



Graciosidades







2 comentários:

Margarida disse...

O que eu dava para estar agora nos Açores...
Lugares misteriosos onde a minha vida deu ma volta de 360º já há uns anitos...
Nunca ais voltei mas a vontade e as saudades estão sempre em mim!

janica disse...

VAMOS TODOS PARA OS AÇORES!
VAMOS, MÃE, VAMOS!...

:)