terça-feira, agosto 29, 2006

A “minha” aldeia

A Aldeia D’Eiras situa-se no concelho de Mação , num vale , entre montes de um lado e outro , agora com alguns moínhos de energia aeólica.
Há cerca de 3 anos não escapou a um violento incêndio e , por isso , já não é tão verde como quando eu a conheci , mas continua a ser um cantinho bem bonito , cheio de pinheiros , de ribeiros , de estradões ( falta a moto 4 ) ,onde de dia os montes tocam o céu e à noite este se inunda de estrelas.
A casa que a minha mãe comprou há já uns anitos por esta ser um bom investimento e porque ela havia gostado daquela zona , escapou por um triz ao fogo que a rondou e valeu-nos o facto dos vizinhos terem “mangueirado” todo o edificio e terreno à volta.
Nos últimos anos temos tido oportunidade de voltar mais vezes e a pouco e pouco a casa ( de boa construção , mas de gosto duvidoso ) vai tomando contornos de lar , de aconchego. Ainda está longe de ser o que eu gostaria que fosse , tenho muita vontade de investir um dinheirinho ( é preciso que o haja ) nas obras do telheiro , do telhado e da cave , de forma a depois poder , finalmente , pintá-la por fora , de branco , para contrastar com as portadas verdes.
O jardim cresceu muito nos últimos dois anos e de Junho até agora , cresceu ainda mais. A figueira , desta vez , estava repleta de figos , daqueles roxos , muito doces ( enchi a barriga de figos por um ano ) . As videiras plantadas no verão passado , já deram uvas. Agora , foi a vez de semear maracujás. Mas entretanto , as flores e as plantas estão vistosas , um regalo para a vista.
Um cantinho de paz , onde a preguiça me invade e se torna dificil de contrariar , muito dificil mesmo. Na aldeia liberto-me de todas as energias e deixo-me contagiar pelo ar que respiro e o ruído do silêncio . Liberto a mente e o corpo fica pesado... a pedir o descanso que tanto precisa e quase não tem.
Sabe bem ir até à aldeia e sabe cada vez melhor , porque de cada vez é mais um pedaço de nós.

PS :
No domingo ainda passeei pelos estradões com o Mário e a minha mãe .
Fomos até ao parque das merendas ( um espaço recuperado após o tal grande incêndio ) e aos moínhos do monte por detrás da nossa casa.







E enquanto não há moto 4 , o Twingo ( que já foi arranjado pela seguradora , porque vale a pena batalhar pelos nossos direitos , mas que veio com problemas no tubo de escape, pelo que ainda vai ter que voltar para a oficina ) vai salvando a honra do convento , com muita dignidade.

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