Matisyahu ( www.matisyahu.org )

Pois este belo rapaz já dá muito que falar ...
A primeira vez que li alguma coisa sobre ele foi na edição da Visão de 16 de Março, no regresso de NY para Lisboa.
Eu ainda vinha intrigada com os judeus hasidicos da BH , loja de fotos ( apenas pelo facto como me haviam observado e criticado com o seu olhar , como se fossem detentores da verdade absoluta , porque quanto a crenças cada um sabe de si ) , quando dou de caras com o artigo sobre esta nova estrela do reggae /hip hop.
Novaiorquino , de Brooklin , dizem , mas na verdade nasceu na Pennsylvania sob o nome de Matthew Miller.
Matisyhu é o seu nome , após ter-se convertido ao judaísmo hasidico ( antes, o moço era um hippie que percorreu maus caminhos , mas num dos seus regressos a NY conheceu um rabbi que lhe mostrou um novo rumo para a sua vida , uma história idêntica à letra de uma música que já havia composto sobre um jovem que conhece um rabbi em Washington Square - NY - e se converte à referida religião – imagino se tem acontecido o mesmo com o Bob Dylan...).
O seu primeiro disco foi editado no passado dia 7 de Março , pela JDub Records e produzido por Bill Laswell e aqui há uns dias tive oportunidade de ver um vídeo na Sic Mulher – achei tudo muito fora , mas pode ter sido uma primeira impressão , até porque não voltei a ouvir o tema , nem qualquer outra música do disco.
De qualquer forma , à primeira vista , não joga a gota com a perdigota – as letras , por exemplo , são todas baseadas nos principios da sua religião ( que em muito contradizem o espirito do reggae , tantas vezes associado à maconha ) e também há a questão do mosh : se os judeus hasidicos não podem tocar em mulheres que não sejam da sua familia , como é que ele fará quando se atira para o público onde estão mulheres ? Por acaso , é uma questão a observar - será que os seus espectáculos têm assistência feminina ? ( quando vi o vídeo nem reparei ). Outra sensação que tive ao ver o vídeo é que ele é um “alien” ali no meio ( ou uma forma inteligente de converter tantos jovens ao judaísmo hasidico ).
Mas acho que estou a ser mázinha . Vou ter que conhecer melhor o seu trabalho e fica aqui um desafio para que também conheçam e deixem comentários ( estou curiosa ).