Domingo , por estas bandas

O Empire State Building e definitivamente o que nao vale a pena conhecer em NY.

Pode-se ter uma vista unica sobre a cidade e ter um campo de visao ate 130km de distancia , mas nao ha pachorra...
Ainda nao eram 10h da manha e ja estava cheio de turistas .
A vontade de subir ate ao observatorio foi , de repente , nenhuma. Mas esta visita esta incluida no city pass e la resolvi ir .
Filas e filas e toda a banha da cobra , que se possa imaginar , sobre o edificio e as suas atraccoes , gritada em voz alta ( socorro !!!! ).
As tantas tiram-nos uma fotografia junto a uma tela pintada do edificio e dao-nos uma senha que temos de apresentar a saida. Esta acabou por ser a parte mais hilariante , pois resolvi comprar o raio do kit das fotografias ( foto com 2 formatos + CD das fotos ), que incluia um belo de um porta chaves para colocar as fotos mais pequenas - a risada foi incontrolavel , o que , no meio de toda aquela gente sem graca nenhuma , foi um verdadeiro escandalo.
As vistas viram-se , apesar do frio e do vento que hoje estavam especialmente desagradaveis e fiquei toda orgulhosa por ja saber identificar bastante bem as varias zonas da cidade.
Mas a bem dizer , preferia ter aproveitado o tempo a bater mais alcatrao , a melhor maneira de viver a cidade.
O Empire State Building faz bem justica a grande frase "para turista ver" ( por um canudo ).

Hoje sai de NY ( gosto de sair das cidades para perceber tambem um pouco o que se passa a sua volta ); uma viagem de comboio ( tipo linha de Sintra ) de cerca de 60m.
O destino foi Westport ( onde a Mafalda tem familiares , por sinal amorosos , com quem almocamos e passamos o dia ) , no estado de Connecticut , talvez o mais rico do Pais e que ao mesmo tempo tem as duas cidades mais pobres dos EUA , que albergam milhoes de emigrantes clandestinos.
A cidade e daquelas tipicas de filmes americanos : zonas residenciais com grandes casas de madeira com jardins ou terrenos a volta e todo o tipo de servicos disponiveis para que se possa viver num paraiso sem sacrificar o bem estar.
Nesta altura os bosques tem as arvores todas despidas , o que os torna bastante poeticos , ainda para mais se sao banhados por rios , como e o caso.
Ainda cairam umas ripas de neve , mas o sol voltou para tornar possivel um passeio junto as praias ( de areia / calhau ), avistando em frente , bem ao longe o final de Long Island.
Soube bem ver o mar , ver aquelas arvores ,sentir o calor daquelas casas de madeira. Soube bem estar...
( gostaria de voltar um verao para aproveitar os passeios de barco do Mario , primo da Mafalda , que passa essa epoca no barco , a viajar por esse mar adentro , acima , o que for ).

De regresso a "casa" , em Murray Hill , comentei que o mesmo esta cheio de restaurantes indianos que adoraria experimentar ( e fiquei a saber que o bairro tambem e conhecido por Curry Hill ) . E hoje assim foi , jantei num mesmo ao lado do hotel , que estava com um festival de gastronomia indiana. Eu , que me julgo muito entendida na materia, bem que me lixei , pois olhei para a lista e nao conhecia nada - e que em Lisboa estou habituada a comida goesa e a daqui e mesmo indiana , que e bem diferente , mas muito boa por sinal.
Mais uma vez deixei comer no prato ( nao sei o que se anda a passar comigo ?! ) , mas as doses aqui sao para la do bem servido e nem mesmo eu dou conta do recado.
O restaurante tem um lounge no primeiro andar , passa boa musica e , mais uma vez , senti-me bem porque fui bem atendida ( o que dizem de NY ou e treta ou tenho tido alguma sorte ) .

Por fim , foi domingo e Dia do Pai.
Custou-me nao poder pegar no telefone e mandar um beijo ao meu PAI para ouvir a sua voz carinhosa dizer "aninhas , minha filha...".
Por isso , foi bom estar de alguma forma em familia ( a minha sei que esteve junta e fico contente por isso ).
A saudade , essa , nao a pude evitar.